Li recentemente nos sites especializados de automobilismo que em 2018 há uma grande possibilidade de não termos mais um piloto brasileiro alinhando no grid da Fórmula 1. Além disso, na Fórmula Indy, onde já tivemos 6 representantes do Brasil em uma mesma temporada, devemos ter apenas o Tony Kanaan.
Não que eu assista a estas corridas devido a participação de brasileiros. Não, longe disso, vou assistir F1 e F-Indy sempre, independente a nacionalidade. Amo automobilismo e serei sempre um fã incondicional.
Por outro lado, entendo que quando um país tem pilotos no grid destas 2 categorias, a prática e o interesse pelo automobilismo aumenta muito. Assim aconteceu no Brasil nas décadas de 80 e 90, na Alemanha nos anos 2000 até hoje por exemplo.
Dependemos um pouco dessa presença para construirmos um Kartismo forte, afinal é a base do automobilismo esportivo.
Veja o exemplo do Rio de Janeiro : Há pouco mais de 3 anos, os campeonatos de kart profissional contavam com cerca de 100 pilotos nos grids. Estes mesmos campeonatos, correram nos últimos meses com 15! Sim, 15! E o pior, somando os grids de todas as categorias.
Por isso, como disse, estou preocupado. É um ciclo vicioso. Poucos pilotos brasileiros de expressão, geram pouco interesse na prática, que gera poucos pilotos com chances de “chegar lá”.
Penso então que devemos e precisamos fazer algo no sentido de reverter este ciclo. Se cada um de nós puder fazer algo, pequeno que seja, poderemos mudar esse destino. O importante é sair do lugar, mesmo que pequenos passos, mas na direção correta, podem ajudar a não acabar com nosso esporte.
- E você? O que pode fazer para nosso esporte não desaparecer?
Fica a reflexão.
Nos próximos dias, vou conversar mais com você sobre este assunto e penso que podemos encontrar formas de reverter o quadro no futuro. Fique a vontade para me escrever, afinal, pensando juntos, encontraremos melhores soluções.
Grande abraço!
Alexandre Odo
Piloto de Kart
contato@semanadokart.com
Excelente matéria, Odo! Parabéns!
Sem dúvidas é um ótimo assunto a ser discutido!
Um abraço!
Obrigado, Pedro! Essa discussão é importante para o futuro de nosso esporte!
Acredito que se não baratear “bastante” o kart nacional, não sairemos dessa maré de falta de pilotos.
Olá Flavio! Obrigado pelo comentário.
Penso que quanto mais representantes tivermos nessas categorias, maior o interesse do público pelo esporte em seu país. Isso motiva a novos praticantes, começarem. Automobilismo é um esporte caro em qualquer parte. Mas no Brasil, temos o agravante de poucos praticantes, que impede que as indústrias fabriquem em grande escala, condição que permitiria uma redução dos preços.
É meu amigo, tá dose. Já é fraco e ainda se destrói o que tem… Em Natal/RN destruíram nosso Kartódromo para a copa de 2014. Obg ao futebol e todos os incompetentes desse país, pois agora temos um estádio lindo pra dois times reieras jogarem.
Puxa vida, Anderson. Me solidarizo contigo. Aqui no Rio, acabaram com o Autódromo/Kartódromo por conta das Olimpíadas e nada foi feito ainda. Triste!
Pior metade do parque Oimpico estará nas mãos da carvalho hosken que tanto almejava destruir o autódromo para construir condomínios nas margens da Lagoa. O ex-prefeito merece uma investigação igual ao que foi feito com.o ex governador preso.
E ficamos sem o autódromo.
Automobilismo é esporte de Lord. Se não houver um ajuste financeiro nesta categoria, ficará mais difícil à prática do mesmo.
Tento até hoje manter meu filho no esporte, luto tentando patrocinadores, porém o interesse é pouco, tendo em vista o baixo retorno de mídia que esse esporte tem. Lamentável !
Além do que as autoridades podem fazer, nós deveríamos nos perguntar também, como podemos ajudar. Vejo que os poucos praticantes são muito desunidos, quando decidem algo, são em movimentos separados. O mínimo que se espera de um praticante, é que pelo menos hoje, com as redes sociais, curtam e compartilhem as postagens do esporte. É infelizmente, nem isso ocorre. Penso que deveríamos nos unir neste sentido. O público do automobilismo é em sua maioria de classes A e B, logo, tem acesso aos canais de mídia, são formadores de opinião. Poderíamos aproveitar isso para promover melhor o esporte.